Wednesday, 17 December 2008
Good Writers
Talvez um bom escritor seja aquele que escreve com o coração, ou então aquele que escreve a primeira coisa que surge na mente. Um bom escritor pode ser aquele que tem facilidade pra escrever as coisas, ou então o que faz uma enorme força pra fazer a coluna do dia. Pra mim um bom escritor não é aquele que escreve sobre amor, e muito menos o que usa as regras de redação que aprendeu na escola, não é aquele que pega as palavras mais difíceis do dicionário, e menos ainda o que escreve só por escrever. Acho que um bom escritor é aquele que simplesmente escreve, que entra em contato com as vogais e consoantes pra que juntos possam criar uma admirável paisagem, é o que escreve sem se importar se vão ler o não, porque a opinião dos demais é menos importante do que seu amor pela escrita. Acho que um bom escritor não dá vida às palavras, ele apenas revela seu verdadeiro valor.
23/01/08
Eu já ouvi dizer que a mente humana tem um grande poder. Seria muito atrevimento desejar saber se tal poder permanece também em corações covardes? Talvez sim. É claro que não. Que livro eu publicaria se realmente escrevesse o que vejo?
'Estava no sofá, esforçando-se para rabiscar um texto qualquer no pequeno pedaço de guardanapo que encontrou na bancada. Segurava um cigarro. Aquele que tinha acabado de acender. Aquele que implorava pra ser apagado pela mesma mão que o levava até a boca. Ela deveria esquecer o processo, expulsar frases de amor ao invés de uma fumaça que embaça seu raciocínio. Como seria bom uma xícara de café preto, dizem que não há nada mais inspirador. Deve ser por isso que não entende as próprias frases. Ela não fuma. Ela não toma café. Ela apenas...pensa demais.'
Tuesday, 16 December 2008
I've been everywhere, man
Eu era veterinária, só porque eu sempre amei estar com animais. Mas aí eu vi muitos sofrendo e não consegui salvar todos. Era muito mais fácil criar alguns no quintal de casa. Então, eu nunca mais voltei ao consultório.
Eu era jornalista, porque escrever era tudo o que eu mais gostava de fazer. Mas aí eu percebi que não conhecia ninguém que me indicasse e que no fundo eu não era tão boa assim. Então, eu nunca mais apareci na redação.
Eu era física, porque todas essas teorias e leis sempre me fascinaram e eu tinha uma certa aptidão pra coisa. Mas aí eu vi que não queria viver só de física e que geologia podia ser o caminho. Então, eu nem cheguei a saber onde eu ia trabalhar.
Eu era geóloga, porque envolvia não só física, mas também computação e química, e eu também ia mexer com as coisas legais do solo. Mas aí a química tomou conta da coisa e os serviços de campo não eram tão interessantes. Então, eu nunca mais apareci na Petrobras.
Eu era geofísica, porque não envolvia tanta química, e sim muita física, e porque terremotos e abalos sísmicos sempre foram mais legais que rochas. Mas aí eu achei que complicou demais e a indecisão tomou conta de mim. Então quando eu percebi, não sabia mais o caminho da estação.
Hoje eu sou quase-militar, porque mesmo me matando de estudar, eu vou me aposentar com o salário integral. Não é bem uma coisa que eu quero, e sim porque eu acho que [ironia] quase [/ironia] não tive opção. Apesar de tudo, nem sei se chego até o quartel. Não que eu esteja muito preocupada, até porque se nada der certo, é só virar hetero.
Monday, 1 December 2008
Rtz
Tuesday, 4 November 2008
Sketch
Sunday, 26 October 2008
You're speaking my language, baby
Friday, 24 October 2008
Holiday
Sunday, 12 October 2008
You’re looking like you’re looking for something
Eu jogo seu jogo, eu faço a sua história, eu deito na palma da sua mão e você nem sequer tira o pó do meu dia. Você não percebe, ou não quer perceber. A questão é que nada vai pra frente. Quando você bate na porta, e entra na minha cama sem perguntar.
Wednesday, 8 October 2008
You are not my plan
Friday, 3 October 2008
Randomness
Tuesday, 30 September 2008
Line twenty-one: breaking my own rules
Tuesday, 23 September 2008
Wordness
As palavras sempre interessaram mais do que as próprias pessoas. É preferível o 'inpensar', apesar de qualquer coisa em comum com o 'estar'.
Saturday, 20 September 2008
Oh, baby, baby, it's a wild world
Friday, 19 September 2008
Like a small piece of the earth
Tem algo especial no castanho claro, porque ele não é tão limpo quando o azul, e nem tão sujo quanto o cor de estante dos meus. Deve ser o meio termo entre o lápis aquerelável e a tinta a óleo, ou algum número ímpar no espectro de cores visíveis, daquelas que você fica olhando por horas até perceber de que tom se trata, e que na pessoa certa, não se sabe se puxa pro amarelo ou pro marrom.
É um caso que não se trata de vários, e sim de todos. Ou de pelo menos um.
Sunday, 7 September 2008
False alarm
Sunday, 31 August 2008
Get rhythm
Sunday, 24 August 2008
The trigger of all things
Talvez eu não tenha procurado, não tenha me interessado pelo te querer e foi aí que você resolveu não chegar. Eu não vou jurar pela nossa felicidade que eu nem sei se começou e nem vou dizer que você entendeu tudo errado, porque a verdade é que eu nem cheguei a te ver. Acho que é a tal síndrome do fracasso prévio que funciona como o sinal vermelho, essa sensação de estar com você e não te sentir respirar, o não saber como eu fui parar ali, como você não veio parar aqui. Eu poderia te dar duas mil razões pra passar às sete, mas o laptop está ocupado e a pressa me atrasa. O que tem é essa sua mania de parecer querer controlar tudo, é essa parte da história que me faz gostar mais do 'nós' do que de mim, é essa cena que você faz quando a luz diminui, essa pegada que demonstra ter. Você só. Só você.
Saturday, 23 August 2008
Puzzle of scenes
Tuesday, 19 August 2008
Big river
Monday, 11 August 2008
I need you to need me
Quando em vez eu alugo uma cama de casal e reservo seu cappuccino pro dia em que neva do lado de cima. É quando o 'x' no meio da porta significa 'não pertube no Royal Rumble'. É quando tudo o que eu sinto, é a falta de sentir a sua.
Sunday, 10 August 2008
You're not fooling anyone
Monday, 4 August 2008
Merry happy
De quando em vez eu só gostaria de sair daqui, conhecer os neolatinos, descobrir a américa que foi esquecida por você. De tempo em tempo eu só preciso me fazer notar, despertar a sua vida no dia dezessete, te fazer sentir que nosso mundo não é tão azul. De ano em ano eu teria uma rotina pra viver seu nome, tatuaria sua lista no meu ombro esquerdo diagonal, seria incapaz de fazer qualquer coisa só pelo meu 'eu' que ainda não dormiu. De hora em hora eu tranco a porta pelo lado de fora, deixo todo o meu pudor no sofá, te levo pro quarto com um aperto de mão. De hoje em sempre você fica pro café, nosso caso muda, eu digo sim, você assina atrás.
Wednesday, 30 July 2008
Immune
Backstage
Monday, 28 July 2008
Plator amônico
O sentimento que eu nunca conheci tem o seu mesmo nome que eu nem sei pronunciar, seus pensamentos seguem o meu mesmo caminho que eu nunca percebi, seu sorriso de cromo número dezessete e duas páginas me tira o ar desde a primeira vez que o encontrei por acaso na parte de classificados, enquanto tudo o que eu desejava era apenas acordar com você.
Wednesday, 23 July 2008
Something to talk about
Levantou sem fôlego relembrando a apnéia de meses atrás, precisou de mais umas dores de cabeça pra decidir que tinha que parar de tragar aquela fumaça. Não sabia por que ainda pensava no ontem, era um vício que não conseguia largar. Já fazia tempo que não percebia o pontapé inicial, e o motivo pelo qual havia acordado se perdeu no escuro do quarto. A única luz da manhã prendia toda a sua atenção. Esqueceu o que estava pensando, apagou o cigarro, prosseguiu com o sono interrompido.
Friday, 18 July 2008
I'm gonna need a better reason to write you a love song today
Olhos fechados, e seu sorriso me diz que é só seguir o fluxo. Todos esses acordes me levam a crer que eu não posso me distanciar, mas essa maldita sensação de que você me mata a cada passo que dá ainda acaba com nosso amor de terça às dez.
Tuesday, 15 July 2008
Quiet
Acordou cedo dessa vez. Correu para a praia com a mesma euforia de quando fuma um cigarro após o chá das cinco, parou no pequeno pedaço de terra que a separava do brilho eterno e por um segundo deixou-se atrair por algo que não fosse seu reflexo nos finos grãos de areia. Um olhar que provocou outro olhar, uma sensação que desencadeou outras milhões. O sol nasceu só pra vê-la sorrir e ela retribuiu com um simples aperto de mão.
Sunday, 13 July 2008
The love is really so much beautiful ♥
Times Square, 3:19 p.m:
- Oi ;)
- Olá ;D
- Tudo bem?
- Tudo e com você?
- Também.
- Qual seu nome?
- Mary, e o seu?
- Julie.
- Olha, eu tenho que te falar uma coisa. Eu sei que a gente se conhece há pouco tempo, mas eu te amo muito e não posso viver sem você.
- Eu também te amo mais do que tudo e não sei o que faria sem você comigo.
- Ah, eu tenho que ir.
- Tudo bem, eu também vou indo.
- A gente se fala (L)
- Ok <3
Mary virou a esquina. Elas nunca mais se encontraram.
Someday soon
Wednesday, 9 July 2008
My Anna
Monday, 7 July 2008
Between the lines
Turn on the 'Fuck You!'
Sunday, 6 July 2008
The world around us makes me feel so small, Lyla!
Friday, 4 July 2008
I'm down with that, i'm down with that ♪
Smile and pretend
In the fake plastic earth that she bought from a rubber man ♪
- Você vai pra onde?
- Pra casa.
- Por qual caminho?
- Pelo da falsidade.
Wednesday, 2 July 2008
Hello, stranger
Congratulations, i (definitely) hate you
Eu costumo dizer que nunca me arrependo de nada, e me arrependo por dizer isso. Porque se tem uma coisa pela qual eu me odeio por ter feito, foi por ter conhecido você.
Monday, 30 June 2008
Conto de farsas
Era uma vez uma história e uma menina. Não se sabe ao certo quem contava quem, mas de qualquer forma, elas tinham muito
Saturday, 28 June 2008
Stoppin' the loving getting in, pt.3
Finalmente tomou coragem e resolveu olhar pra trás. Ele sabia que era a última chance de dizer que só estava fazendo aquilo por ela. Ela já tinha virado a esquina, se perdido na multidão, mas ele sabia aonde ir. A única coisa que o coração dele conseguia gritar era o nome dela. E a única coisa que o dela não podia ouvir era a voz dele. De todos os lugares do mundo, só havia um em que ela poderia estar, e foi exatamente lá que ele a encontrou.
- Eu preciso te dizer uma coisa...
- Eu já sei.
- Como?
- Você já me disse.
- Quando?
- Agora.
Não vos interessa de que forma, mas de alguma forma eles sabiam o que tinham que saber. E ficaram lá, apenas se olhando, dizendo em silêncio tudo aquilo que precisavam dizer.
- O meu coração...
- O que tem?
- Ele é seu, sempre foi e sempre será.
Ela tirou do bolso um pedaço de folha qualquer e rabiscou alguma coisa.
- ♥
- O que é isso?
- É tudo o que eu tenho pra lhe oferecer.
E depois acrescentou algo.
- it beats for only you.
Ele leu, releu e finalmente sorriu. Ela não estava mais ali. A última imagem que ele conseguiu guardar foi a dela sumindo no meio dos carros. Ele não foi atrás, não quis ir atrás. Pois sabia que de alguma maneira ela iria voltar, nem que fosse pra buscar o amor de verão que ele acabara de guardar no bolso esquerdo do casaco azul marinho que ela vestiria após o café.
Thursday, 26 June 2008
Stoppin' the loving getting in, pt.2
- O que houve?
- Não sei. O que você fez?
- O que eu não fiz?
- Tudo.
Ele queria que ela explicasse. Ela queria querer explicar. E tudo acontecia assim, palavras que não foram ditas, momentos que não foram vividos, tudo jogado ao vento pra algum outro conto de fadas encontrar. Ele precisava fazê-la encarar a incerteza, era o mínimo que podia tentar.
- Por que estamos monologando?
- Não estamos. Você está. Sempre esteve.
- Você me disse pra não acreditar nessa maldita esperança. Eu só queria saber que estava tudo bem.
- Mesmo sabendo que nunca estaria...
- O que eu podia fazer? Dar tempo ao tempo?
- De que adiantaria? Depois de um tempo tudo perde a graça.
- É nisso que você acredita?
- É nisso que eu não acreditava até esse tempo existir.
Foi a conversa mais longa que já tiveram. E o diálogo menos explicativo que já aconteceu. Em momento nenhum ele desviou seus olhos do dela, e em momento algum ela teve coragem de encarar os dele.
Tuesday, 24 June 2008
Stoppin' the loving getting in, pt1
Depois de idas e vindas, numa tarde de sol sentados à beira do lago, ele então viu que já não havia nada em comum.
- Suas mãos estão tão frias.
- É o tempo.
- Não. Sou eu.
- Talvez seja.
E mesmo apaixonado, ele não ouvia seu coração. E mesmo abraçados, o dela não batia no mesmo ritmo que o dele.
Era inacreditável que algo tão incrível pudesse se desfazer em menos de meio mês. Era inaceitável que ela pudesse deixar de amá-lo em menos de 14 dias.
Ele pensou ter ouvido um último suspiro, uma luz no fim do túnel que apenas por um momento pareceu se aproximar, e então desperdiçou sua última chance.
- Nós deveríamos tentar...
- Quantas vezes mais?
- Quantas forem necessárias.
- Então perderemos mais do que tempo com isso, você sabe que não podemos mudar o que já está feito.
E ela mais uma vez mentia pra ele. E admita isso com toda a culpa que um egoísta poderia ter. Virou as costas, já era tarde. Já estava apaixonada por outro.
Sunday, 22 June 2008
And help me forget your name
I've been trying to ignore the best parts of you. I'm still hoping that I'll be with you somehow.
Please be home tonight. I'll die if I don't get a chance to make this just right. I'm sorry but I can't forget about the way I feel every time you're here ♪
- O que você quer?
- Eu quero você.
- Mas isso você já tem.
- Então eu não preciso de mais nada.
Merry Christmas! Merry Christmas! But I think I'll miss this one this year,
I see everything's easy, If I just keep walking.
And sometimes the journeys's the thing, and I don't wanna sing - I wanna walk ♪
Às vezes eu não sei se estou preparada pra seguir em frente sem você. Pra falar a verdade, eu acho que nunca estive muito preparada pra alguma coisa. Eu apenas deixei o vento levar meu barco pra onde ele quisesse, e nem me dei o trabalho de apontar a vela pra direção que eu gostaria de ir.
Foi fácil no começo, porque eu só tinha que me acostumar com a situação. E me acostumei. Tanto que não percebi quais as grandes mudanças que ela traria pra mim.
Falando com toda a sinceridade que eu posso encontrar nas minhas mentiras, tudo pareceu me tirar um tremendo peso das costas. E fala sério, pela primeira vez eu estou dizendo algo sem nem um pouco de ficção aqui, e pela primeira vez eu tenho certeza que isso não pode ser destinado a alguém real. Eu nunca pensei que seria mais simples falar tudo no número de linhas equivalentes a pensamentos sinceros, mas pelo que se entende, é o melhor a se fazer.
Mesmo eu estando umas duzentas milhas longe de casa, mesmo que duzentas milhas abaixo deste lago seja o lugar do meu coração, você não se importaria. E isso me deixa totalmente tranqüila, porque desse jeito eu não tenho que pensar que a minha obrigação é ter você sempre na minha mente, e eu só vou precisar dançar conforme a música sem nenhuma preocupação, da mesma maneira que era antes de você me ligar dizendo que queria estar aqui.
Eu posso dizer que não, eu posso ter dito que nunca, mas acho que me arrependo totalmente de quase tudo isso. Não que eu não quisesse ter vivido, eu apenas não viveria de novo. Sem dúvida que não. Eu não sou o tipo de pessoa que tem apenas um alguém em mente, e se tem alguma coisa que me desencanta é falar em ‘pra sempre’ e pensar nos milhões de anos que se tem pela frente junto com alguém. Eu não gosto de coisas duradouras, quanto mais rápido o filme acabar, melhor vai ser pra todo mundo. E aí toda essa história de isso, aquilo e aquilo outro. Nossa, eu acho que até fico enjoada com essas coisas.
Mas parando pra pensar, essa não é uma descrição detalhada de tudo. É apenas uma curiosidade que eu achei que sabia, e que você também tem o total direito de saber.
Saturday, 21 June 2008
Let it roll on down the highway ♪
O único som que eu posso ouvir, é o da água do tanque caindo dentro do balde verde, e vai preenchendo cada espaço, e vai transbordando minha alma. Estou sem forças pra me levantar, estou sem forças pra mentir pra você. É como se meu corpo estivesse pequeno demais pra agüentar o peso das idéias, do mesmo jeito que meu coração não agüenta todo o impacto que suas palavras causam em mim. Eu me sinto incompleta. E me sinto explodindo. De raiva.
I can't keep it a secret
Eu quero poder escrever coisas especiais e tirar fotos para um único porta-retrato. Quero saber como é ter uma alma gêmea que realmente nunca morre.
Não bastam apenas alguns finais de semana. Eu preciso de algo que dure um número ímpar.
Friday, 20 June 2008
If only
Turned on some music to start my day
I lost myself in a familiar song
I closed my eyes and I slipped away ♪
Toda a minha certeza foi embora junto com as inúmeras soluções que eu tinha para os nossos possíveis problemas, e o que eu gostaria que fosse desabou da mesma maneira que você voou pela janela. Eu te deixei escapar. E fiz questão de levar contigo aquela minha última esperança de continuar o nosso tão incrível e fantasiado jogo de copas.
Monday, 16 June 2008
Taking a break
Eu geralmente não começo o que termino, ou vice-versa, e não sei se sou capaz de levar isso até o fim. É claro que é tudo muito simples quando não se pensa em nada, mas eu não sou do tipo que faz isso por muito tempo. Eu te conheço a tantos que nem lembro mais de você, eu te falei tantas que nem lembro mais o que disse, e já te jurei tanto quanto me perguntei quais eram minhas verdadeiras intenções.
Mas a verdade é que nada nunca significou muito pra mim, e acho que nunca significa, pelo menos quando se trata de nós dois.
Rose Ann ♥
Acho que ainda temos uns assuntos inacabados por aí, e tenho certeza que não conversamos sobre tudo quando estávamos em frente ao Plaza na Avenida São João.
Eu não sou muito boa com fisionomias, mas é como se você estivesse presente em cada palavra minha, em cada pensamento meu, até mesmo contra a minha vontade.
Eu sei que normalmente a gente só troca palavras de baixo calão, mas eu não posso perder o costume de te escrever textos que você nunca vai ler.
Você de fato é tudo pra mim, e talvez a gente até tenha sido cúmplice em alguma coisa, mas acho que ultimamente estamos mais pra companheiras de casos de amor mal acabados.
Esteja certa que se eu algum dia não tive o que te falar, foi porque você simplesmente já sabia de TUDO. E eu confesso que nem sei se isso é bom ou mal, porque parece que assim eu não posso mais te surpreender.
Eu nunca fiz muita questão de ter você, porque saber que você tinha a mim foi a única coisa que sempre me bastou.
Tuesday, 10 June 2008
Drive faster ♪
Estava lá, sentada na sala de espera.
Procurando o momento propício pra dizer tudo o que sentia asfixiar-lhe o sono.
Deixou-se distanciar por um segundo, tentada pela liberdade que a fazia querer voar dali, tomada por toda a coragem que a impediu de pular daquela janela.
Colecionava inúmeros pontos de ironia, apenas pelo simples fato de gastar seus dias em verdades que nunca iria contar.
Tentava de tudo um pouco pra se fazer de carne e osso, mas sabia que nem o sentimento mais verdadeiro poderia torná-la perceptível.
As horas passavam e os corpos iam e vinham, trocavam-se os números, e a paisagem nunca parecia a mesma.
Tudo mudava, exceto o mais importante.
Sua expressão, que era a única capaz de fazê-la real.
Thursday, 5 June 2008
Don't
Friday, 23 May 2008
Little favours
Palavras ditas pra ninguém ouvir. Frases conhecidas pra ninguém dizer. Falso amor plastificado, que se deixa empoeirar no fundo da última prateleira de devoluções. Falsas esperanças inúteis, que morrem tão cedo quanto a minha gratidão. As tardes de inverno demoram mais a derreter, porque eu resolvi cortar relações com o sol. O tempo demora a passar, porque eu resolvi que não vou mais crescer. O querer se tornou não precisar e eu continuo a não desejar seguir o caminho das suas mãos.O sentir se tornou não tocar e eu continuo a desviar os olhos do longa-metragem que foi o nosso caso. Acho que ainda tenho a nossa caixa de presentes, com as mesmas palavras rasgadas e pétalas de sentimentos que você deixou quando saiu pela porta da sala. Acho que ainda tenho seus olhares gravados, e é quando eu ponho suas fotos na vitrola pra tentar esquecer tudo o que você me disse na galeria de arte. O telefone toca e deixo tocar. Alguém bate na porta e deixo esmurrar. Ouço a buzina e deixo buzinar. Escuto pedras na janela e deixo apedrejar. Poderia até ser você. E é isso que me deixa deixar pra lá.
Thursday, 22 May 2008
And here we go again
E aqui vamos nós de novo, você com todo o seu fracasso e eu transbordando de esperança.
Uma única vez eu gostaria de nos ver admitindo que não formamos um belo par. Uma única vez, eu gostaria de estar comigo sem estar com você.
Quando se considera certas coisas, tem que ser considerado com a mesma intensidade, senão tudo perde o sentido e já não é tão gracioso quanto antes.
Nós podíamos conversar sobre todos os tipos de assuntos, mas você simplesmente preferiu se calar e deixar que eu me calasse também.
Ninguém é sempre tão forte quanto parece, e sou um tanto suspeita pra falar de fraquezas.
Essa sua mania de transformar tudo em música confundiu minha cabeça. E eu até fazia aula pra aprender a decifrar nossa partitura, mas os acordes continuam se desfazendo aos poucos, e lentamente diminuem o volume da minha canção.
Não daria certo nem se você pudesse repetir a parte que eu perdi. Porque a gente não é do tipo que dança mais de uma vez.
Tuesday, 13 May 2008
Don't wait up for me
Quanto mais tempo eu tenho, menos me importo com ele.
Não me interessa saber pra onde eu posso ir ou o que eu posso fazer. Eu apenas prefiro pensar que no final tudo estará feito por mim ou por qualquer um que se disponha.
Eu tenho atrasado o meu relógio só pra parecer que sempre estou com pressa.
Mentira. Eu tenho todo o tempo do mundo pra fazer qualquer coisa que der na minha telha.
Eu sempre pensei que ninguém é feito só de palavras.
Mas quando se trata de mim , acho que não me faço nem de vontades.
Sunday, 4 May 2008
When the show is over
Eu gostaria de gritar algumas palavras, mas o egoísmo fala mais alto e eu prefiro guardá-las para mim.
Percebo que elas escaparam das minhas mãos pela necessidade de serem ouvidas, assim como um tornado corre desesperadamente em busca de alguma terra firme e livre de estragos.
Eu pude saber quando tudo mudou de cor.
E ousaria dizer que é coisa mais empolgante que já vi desde sempre.
Eu sinto que não me falta mais nada.
Estou vazia, e completamente preenchida.
Mas ainda preciso de inspiração.
Sinto que perdi os poderes.
Os que nunca tive.
Os que nunca mais terei.
Quero um jogo que desafie meus limites.
Que não determine personagens.
Qualquer um.
Que não exija formalidades.
Saturday, 3 May 2008
It gets me so down, down, down, down ♪
Acordei com a voz dos meus pensamentos, corri para a praia na esperança de te ver uma última vez, mas me deparei apenas com uma grande onda de dúvida que parecia não querer parar de crescer.
Eu deveria ter te ligado apenas pra ouvir você dizer oi, te encontrado apenas pra ver seu sorriso, me declarado apenas pra dizer que tentei.
Mas eu certamente já não tenho idade pra esse tipo de aventura, é tanta coisa pra fazer que eu me canso só de pensar.
Very loud
Na maioria das vezes, eu sou quem eu gostaria se ser.
Na maioria das vezes, é exatamente o contrário.
Eu posso ser quem eu quiser.
Eu posso acordar de manhã cedo todos os dias e escolher que personalidade quero ter.
Posso escolher a máscara que quero usar e em que tom vou pronunciar frases inúteis.
Posso lembrar que tenho que esquecer, e pensar que não preciso pensar em nada.
Posso sorrir querendo chorar, e posso chorar de felicidade.
Posso te abraçar com uma apunhalada, e simplesmente querer te ver no chão.
Posso fingir gostar do seu jeito, ou posso querer te matar ironicamente.
Posso fazer o que quiser, e mais tarde jurar que não sei de nada.
Posso dizer que te amo, e odiar saber que te convenci.
Posso esquecer a minha fala, posso sair de cena no meio da peça.
Eu posso tudo no meu espetáculo.
O problema é que eu odeio atuar.
Friday, 2 May 2008
Fiasco
A failure is simply the non-presence of success.
Any fool can accomplish failure.
But a fiasco...
A fiasco is a disaster of mythic proportions.
A fiasco is a folktale told to others that makes other people feel more alive, because it didn’t happen to them.
Tá explicado o motivo pelo qual eu nunca gostei do que as coisas me aparentam ser.
Todos sempre acham que eu não tomo atitudes porque eu só tenho quinze anos.
Mentira. É que eu realmente fico esperando a mudança bater na minha porta.
Às vezes eu me pergunto o que diabos eu faço aqui, já que nem pra maioria das pessoas eu ligo. Já que eu preferia passar a minha vida inteira surda a ter que ouvir essa gente falando um monte de besteiras que eu nem pedi pra saber, ocupando o meu HD com coisas inúteis que nem me dizem respeito.
Eu não deveria estar falando isso, vai que eu morro amanhã e não vou para o paraíso depois do juízo final?
Mas o meu medo nem é morrer e não ir pro paraíso, é morrer e ir pro inferno e o inferno ser esse inferno que dizem ser.
A verdade é que eu não dou a mínima pra vida eterna.
E quero mais é que o mundo acabe em cama pra eu morrer dormindo.
Talvez isso seja um pouco de comodismo da minha parte.
Talvez isso seja muito comodismo da minha parte.
É mesmo muito comodismo da minha parte.
Mas essa é outra coisa pra qual eu também não dou a mínima.
Disseram-me uma vez que o comodismo consciente é um comodismo saudável.
E eu incorporo todo aquele ar de velho sábio e afirmo essa afirmação apenas pra tirar um tremendo peso das minhas costas.
Só porque eu prefiro dizer não tenho tempo pra pensar nos problemas porque estudo pro vestibular, quando na verdade eu estou só passando os olhos na matéria.
No fim das contas eu até que acho graça disso tudo. Da pessoa que eu vejo e de como eu não me incomodo nem um pouco em ver.
Deve ter um pouco de ironia nisso tudo, afinal, somos quem podemos ser.
E eu sei que eu posso ser muito mais.
Mas deixa pra amanhã, porque já passou das duas, e tá chovendo e eu acabei de acordar e sabe como é né? Ninguém pensa direito numa sexta à tarde.
Sunday, 27 April 2008
Where the hell are you?
Seria um tremendo descuido tropeçar novamente nas suas pegadas, seguir seus pensamentos pra qualquer lugar e escrever versos de amor no vidro sujo do seu opala azul marinho. Foi se o tempo em que eu te esperava na sala de estar ainda confusa pela escolha da roupa e sem saber como agir quando você tentasse me abraçar no meio do filme. Há muitos que meu coração não dispara quando eu te vejo. Há vários que eu não espero por uma mensagem sua às duas da manhã. E eu não consigo crer que eu sou a única pessoa que percebe o quanto nós somos imperceptíveis juntos. Tantas vezes você dançou comigo e me disse que seria sempre meu par, tantas vezes eu acreditei que seríamos coroados juntos, rei e rainha do baile. Foram apenas planos de festa de formatura, nada mais que isso. Nada mais que me fizesse querer fugir com você pra connecticut ou minnesota, nada mais que me fizesse ver suas raras qualidades de verão.
Não é nada muito pessoal, acredite. Mas temos que admitir que não estamos acostumados com toda essa agitação da cidade grande. Você não escuta quando eu chamo seu nome, e nem se importa mais se tem ou não ovos com bacon no café da manhã. Você não liga se não vamos ver os Lakers no fim de semana, e nem se eu fiquei horas no salão pra te assistir no seu discurso tão importante. Você não me espera pro chá da tarde. Você nem toma mais chá.
Tuesday, 22 April 2008
Who invited you?
Não sei se é só impressão ou se realmente alguma coisa mudou. Escolher minhas melhores frases e pintar o mundo da minha maneira parece tão mais interessante do que quando era com você. Eu não faço mais nenhuma questão de ser idiota, ou de deixar que me façam de. Na verdade eu não sei se o que tem mais graça é o meu papel de trouxa ou a sua pose de sobrevivência que empunha um troféu de décimo nono lugar.
Wednesday, 16 April 2008
Come back and find me
Finalmente me vi através do espelho, como se não existisse mais nenhuma luz pra refletir o meu exterior.
Posso ver o caminho que as dúvidas percorrem na minha mente, e pela primeira vez percebo que elas estão tão confusas quanto eu.
Escrevem algumas palavras e põem um ponto final.
Põem um ponto final e banalizam a idéia reproduzida.
Banalizam a idéia e em seguida se modificam.
Coisa estranha essa de escritores.
Legal seria se fosse como a chuva, que cai sem se importar com o que vão pensar aqui embaixo.
Legal seria se apenas fosse, que é mesmo sem saber o que, por que.
Já passam das dezesseis e eu tenho que correr se ainda quiser pegar o trem.
A verdade é que nem sei pra onde vou.
Apenas quero ir.
Deixar que me levem.
E me deixar levar.
Tuesday, 15 April 2008
Because i'm hopeless
Sunday, 6 April 2008
Your ashes come home to me
Faz um bom tempo que as palavras não vem me visitar. Chego a pensar que me ignoraram, apenas pelo fato de eu não as ter percebido durante esses dias. É que é tanta coisa pra se lembrar que eu acabo me esquecendo e tudo passa por mim como o vento num dia sem ele. Permaneço no sofá de couro branco, sentada, me deixando levar pelo folk que tanto me encanta. Alimento mais uma vez o Jukebox e permito que a voz da KT ecoe pela sala e escape pela janela entreaberta. E assim começa mais uma noite sem mim. Eu fico fora por poucos instantes, mas me parecem uma eternidade, tanto que até tive tempo de sonhar. Transcrevo com os olhos todos os tipos de cores e sensações. Minhas mãos não têm forças pra voltar à ativa, e eu continuo aqui nesse meio termo. Leio artigos de vestibular, repito alguns versos, faço qualquer coisa pra ter a vontade de voltar a escrever. Penso em uma frase clichê, um verso de amor bem brega, mas nada me vem à cabeça. Paro pra ouvir a canção e percebo que ela me oferece todo o tipo inspiração. E é uma pena, porque eu nunca fui de aceitar coisas de estranhos.
Thursday, 3 April 2008
Palavras repetidas
Não sei o que seria se parasse de escrever. Eu observaria cada milímetro dos arbustos, procuraria em todas as nuvens, acho que andaria por aí, sem rumo. Perdida no caminho da minha própria mente.
Wednesday, 2 April 2008
Apenas quatro linhas
Acho que pensei ter recebido declarações pelo correio, como se eu tivesse alguém disposto a me endereçar cartas. Tive uma rápida impressão de que tinham buzinado no portão de casa, coincidentemente eu estava arrumada e pronta pra ser convidada a sair. Foi só uma impressão.
Atendi o telefone, olhei pela janela e nada. Nem a maldita esperança vi passar na rua de trás.
Tuesday, 1 April 2008
Neo Expressionismo
Monday, 31 March 2008
A grande São Paulo
Como uma criança que acaba de ganhar um brinquedo novo. Obviamente não tenho o tempo necessário pra ver tudo, e mesmo que eu morasse aqui, acho que não daria a mesma atenção que Caetano. Certamente não daria. O tal do metrô também, que eu nem muito ouvi falar. Morreria sem saber que não tem condicionador de ar e que o carinha que fala no microfone não tem a mesma simpatia que a mulher lá do Rio. E todas aquelas estações, nem sei onde deveria descer. Onde tiver gente descendo eu desço atrás, e deixo a vida me levar. Pra algum centro cultural ou uma vinte e cinco de março qualquer. Se me soltarem ali por perto, garanto que nem sei voltar pro largo do Paissandu. E olha que é até bem fácil de se achar. Eu não acharia. É tudo tão simples e às vezes tão feio. Apenas uma cidade, bem mais velha do que quando eu tinha três anos, mas diferente, e com pessoas legais. A selva de pedra. Quem diria, logo eu que sou tão defensora da natureza. Nem senti tanta falta dela.
Sunday, 30 March 2008
Trem das onze
Quase vinte e quatro horas e eu aqui, procurando um pensamento concreto e digno de ser mencionado. Assisto um filme, termino um seriado, leio algum livro ou qualquer coisa antiga, com a esperança de que surja alguma idéia válida e pronta para ser compartilhada. O fato de se ter um lugar pra escrever me faz pensar em compromisso, e o fato de pensar em compromisso me faz desejar não ter nada em que escrever, mas de certa forma eu escrevo sem prazo e logo, sem a necessidade de entregar na hora certa . Quando não se tem o que agir ou o que pensar, acaba-se procurando coisas novas, figuras geométricas, coloridamente diferentes de tudo o que já se viu nos longos quinze anos de vida. E é como comprar uma roupa velha, é nova pra você, e apenas sua, não mais de ninguém. Sei que não vem ao caso agora, mas eu sempre preferi ser criança.
Não se precisa de preocupações, e muito menos desses amores platônicos inúteis. Maldita seja essa tal de adolescência, puberdade, fase adulta ou sei lá como chamam. Pro inferno todas elas! E que levem junto todo o esquecimento e esses sintomas engraçados da feliz idade. Mas não adianta chutar o pau da barraca, se achar a rainha da cocada preta ou estar mais perdido que cego em dia de tiroteio. Sempre tem um jeito mais calmo, pior, e menos confuso de se chegar aonde quer. Mas até que esse jeito me encontre, eu permanecerei aqui, na quase segunda-feira.
Descobrindo uma maneira, um motivo, qualquer coisa que me faça terminar esse indesejado texto de fim de noite. Tipo aqueles filmes que ninguém quer ver. Sabe? Aquelas coisas que não se agüenta mais falar sobre.
Saturday, 29 March 2008
Platão (?)
Acho que eu flutuaria. Como aqueles balões que vendem no parque. Fugindo com o circo. Direto pro planeta anão.