Monday 30 June 2008

Conto de farsas

Era uma vez uma história e uma menina. Não se sabe ao certo quem contava quem, mas de qualquer forma, elas tinham muito em comum. A primeira era feita pra fazer de trouxa, a segunda fazia com que a outra fizesse por ela. Todo aquele papo de felizes para sempre, meu amor nunca vai mudar, - peloamordeeinstein, traz um balde porque isso me dá náuseas - nada disso serviu de consolo pra quem no final não terminou muito bem. Reza a lenda que era uma vez uma história. A menina? Bem, a menina acabou primeiro.

Saturday 28 June 2008

Stoppin' the loving getting in, pt.3

Finalmente tomou coragem e resolveu olhar pra trás. Ele sabia que era a última chance de dizer que só estava fazendo aquilo por ela. Ela já tinha virado a esquina, se perdido na multidão, mas ele sabia aonde ir. A única coisa que o coração dele conseguia gritar era o nome dela. E a única coisa que o dela não podia ouvir era a voz dele. De todos os lugares do mundo, só havia um em que ela poderia estar, e foi exatamente lá que ele a encontrou.


- Eu preciso te dizer uma coisa...

- Eu já sei.

- Como?

- Você já me disse.

- Quando?

- Agora.


Não vos interessa de que forma, mas de alguma forma eles sabiam o que tinham que saber. E ficaram lá, apenas se olhando, dizendo em silêncio tudo aquilo que precisavam dizer.


- O meu coração...

- O que tem?

- Ele é seu, sempre foi e sempre será.


Ela tirou do bolso um pedaço de folha qualquer e rabiscou alguma coisa.


- ♥

- O que é isso?

- É tudo o que eu tenho pra lhe oferecer.


E depois acrescentou algo.


- it beats for only you.


Ele leu, releu e finalmente sorriu. Ela não estava mais ali. A última imagem que ele conseguiu guardar foi a dela sumindo no meio dos carros. Ele não foi atrás, não quis ir atrás. Pois sabia que de alguma maneira ela iria voltar, nem que fosse pra buscar o amor de verão que ele acabara de guardar no bolso esquerdo do casaco azul marinho que ela vestiria após o café.

Thursday 26 June 2008

Stoppin' the loving getting in, pt.2

Mesmo após ter jurado pela própria felicidade ao lado dela que não voltaria a tocar naquele assunto, ele era incapaz de se convencer que nunca mais estaria com ela. Ele só queria uma razão, um único motivo pra tudo ter mudado da água pro vinho.

- O que houve?
- Não sei. O que você fez?
- O que eu não fiz?
- Tudo.

Ele queria que ela explicasse. Ela queria querer explicar. E tudo acontecia assim, palavras que não foram ditas, momentos que não foram vividos, tudo jogado ao vento pra algum outro conto de fadas encontrar. Ele precisava fazê-la encarar a incerteza, era o mínimo que podia tentar.

- Por que estamos monologando?
- Não estamos. Você está. Sempre esteve.
- Você me disse pra não acreditar nessa maldita esperança. Eu só queria saber que estava tudo bem.
- Mesmo sabendo que nunca estaria...
- O que eu podia fazer? Dar tempo ao tempo?
- De que adiantaria? Depois de um tempo tudo perde a graça.
- É nisso que você acredita?
- É nisso que eu não acreditava até esse tempo existir.

Foi a conversa mais longa que já tiveram. E o diálogo menos explicativo que já aconteceu. Em momento nenhum ele desviou seus olhos do dela, e em momento algum ela teve coragem de encarar os dele.

Tuesday 24 June 2008

Stoppin' the loving getting in, pt1

Ela guardou seus maiores segredos e se escondeu de todos os planos que ele tinha pra uma idéia melhor. Foi de propósito, claro. Ele deveria ter percebido que ela não era tão amigável assim.
Depois de idas e vindas, numa tarde de sol sentados à beira do lago, ele então viu que já não havia nada em comum.

- Suas mãos estão tão frias.
- É o tempo.
- Não. Sou eu.
- Talvez seja.

E mesmo apaixonado, ele não ouvia seu coração. E mesmo abraçados, o dela não batia no mesmo ritmo que o dele.
Era inacreditável que algo tão incrível pudesse se desfazer em menos de meio mês. Era inaceitável que ela pudesse deixar de amá-lo em menos de 14 dias.
Ele pensou ter ouvido um último suspiro, uma luz no fim do túnel que apenas por um momento pareceu se aproximar, e então desperdiçou sua última chance.

- Nós deveríamos tentar...
- Quantas vezes mais?
- Quantas forem necessárias.
- Então perderemos mais do que tempo com isso, você sabe que não podemos mudar o que já está feito.

E ela mais uma vez mentia pra ele. E admita isso com toda a culpa que um egoísta poderia ter. Virou as costas, já era tarde. Já estava apaixonada por outro.

Sunday 22 June 2008

And help me forget your name

Can you take this silence like a pill so I can breathe again?
I've been trying to ignore the best parts of you. I'm still hoping that I'll be with you somehow.
Please be home tonight. I'll die if I don't get a chance to make this just right. I'm sorry but I can't forget about the way I feel every time you're here

- O que você quer?
- Eu quero você.
- Mas isso você já tem.
- Então eu não preciso de mais nada.

Merry Christmas! Merry Christmas! But I think I'll miss this one this year,

Sometimes I just wanna keep walking - get me into the mountains.
I see everything's easy, If I just keep walking.
And sometimes the journeys's the thing, and I don't wanna sing - I wanna walk ♪


Às vezes eu não sei se estou preparada pra seguir em frente sem você. Pra falar a verdade, eu acho que nunca estive muito preparada pra alguma coisa. Eu apenas deixei o vento levar meu barco pra onde ele quisesse, e nem me dei o trabalho de apontar a vela pra direção que eu gostaria de ir.
Foi fácil no começo, porque eu só tinha que me acostumar com a situação. E me acostumei. Tanto que não percebi quais as grandes mudanças que ela traria pra mim.
Falando com toda a sinceridade que eu posso encontrar nas minhas mentiras, tudo pareceu me tirar um tremendo peso das costas. E fala sério, pela primeira vez eu estou dizendo algo sem nem um pouco de ficção aqui, e pela primeira vez eu tenho certeza que isso não pode ser destinado a alguém real. Eu nunca pensei que seria mais simples falar tudo no número de linhas equivalentes a pensamentos sinceros, mas pelo que se entende, é o melhor a se fazer.
Mesmo eu estando umas duzentas milhas longe de casa, mesmo que duzentas milhas abaixo deste lago seja o lugar do meu coração, você não se importaria. E isso me deixa totalmente tranqüila, porque desse jeito eu não tenho que pensar que a minha obrigação é ter você sempre na minha mente, e eu só vou precisar dançar conforme a música sem nenhuma preocupação, da mesma maneira que era antes de você me ligar dizendo que queria estar aqui.
Eu posso dizer que não, eu posso ter dito que nunca, mas acho que me arrependo totalmente de quase tudo isso. Não que eu não quisesse ter vivido, eu apenas não viveria de novo. Sem dúvida que não. Eu não sou o tipo de pessoa que tem apenas um alguém em mente, e se tem alguma coisa que me desencanta é falar em ‘pra sempre’ e pensar nos milhões de anos que se tem pela frente junto com alguém. Eu não gosto de coisas duradouras, quanto mais rápido o filme acabar, melhor vai ser pra todo mundo. E aí toda essa história de isso, aquilo e aquilo outro. Nossa, eu acho que até fico enjoada com essas coisas. 
Mas parando pra pensar, essa não é uma descrição detalhada de tudo. É apenas uma curiosidade que eu achei que sabia, e que você também tem o total direito de saber.

Saturday 21 June 2008

Let it roll on down the highway ♪

O sentimento corre entre os meus dedos, passa pelas minhas veias, e chega ao meu coração.
O único som que eu posso ouvir, é o da água do tanque caindo dentro do balde verde, e vai preenchendo cada espaço, e vai transbordando minha alma. Estou sem forças pra me levantar, estou sem forças pra mentir pra você. É como se meu corpo estivesse pequeno demais pra agüentar o peso das idéias, do mesmo jeito que meu coração não agüenta todo o impacto que suas palavras causam em mim. Eu me sinto incompleta. E me sinto explodindo. De raiva.

I can't keep it a secret

Preciso de um amor de verão. Preciso de alguém pra vida inteira. Preciso dizer, ouvir, sentir tudo aquilo que a 'bonitinha' faz parecer tão bom.
Eu quero poder escrever coisas especiais e tirar fotos para um único porta-retrato. Quero saber como é ter uma alma gêmea que realmente nunca morre.
Não bastam apenas alguns finais de semana. Eu preciso de algo que dure um número ímpar.

Friday 20 June 2008

If only

I looked out this morning and the sun was gone
Turned on some music to start my day
I lost myself in a familiar song
I closed my eyes and I slipped away ♪

Toda a minha certeza foi embora junto com as inúmeras soluções que eu tinha para os nossos possíveis problemas, e o que eu gostaria que fosse desabou da mesma maneira que você voou pela janela. Eu te deixei escapar. E fiz questão de levar contigo aquela minha última esperança de continuar o nosso tão incrível e fantasiado jogo de copas.

Monday 16 June 2008

Taking a break

Eu nem sei pra quem dedicar isso aqui. Dizem que tudo tem dois lados, mas acho que comigo tem um número ímpar maior do que três, no qual eu sempre estou dividida entre um que nunca é quem pensa ser.
Eu geralmente não começo o que termino, ou vice-versa, e não sei se sou capaz de levar isso até o fim. É claro que é tudo muito simples quando não se pensa em nada, mas eu não sou do tipo que faz isso por muito tempo. Eu te conheço a tantos que nem lembro mais de você, eu te falei tantas que nem lembro mais o que disse, e já te jurei tanto quanto me perguntei quais eram minhas verdadeiras intenções.
Mas a verdade é que nada nunca significou muito pra mim, e acho que nunca significa, pelo menos quando se trata de nós dois.

Rose Ann ♥

Pois bem, falarei dela e somente dela.
Acho que ainda temos uns assuntos inacabados por aí, e tenho certeza que não conversamos sobre tudo quando estávamos em frente ao Plaza na Avenida São João.
Eu não sou muito boa com fisionomias, mas é como se você estivesse presente em cada palavra minha, em cada pensamento meu, até mesmo contra a minha vontade.
Eu sei que normalmente a gente só troca palavras de baixo calão, mas eu não posso perder o costume de te escrever textos que você nunca vai ler.
Você de fato é tudo pra mim, e talvez a gente até tenha sido cúmplice em alguma coisa, mas acho que ultimamente estamos mais pra companheiras de casos de amor mal acabados.
Esteja certa que se eu algum dia não tive o que te falar, foi porque você simplesmente já sabia de TUDO. E eu confesso que nem sei se isso é bom ou mal, porque parece que assim eu não posso mais te surpreender.
Eu nunca fiz muita questão de ter você, porque saber que você tinha a mim foi a única coisa que sempre me bastou.

Tuesday 10 June 2008

Drive faster ♪

Estava lá, sentada na sala de espera.
Procurando o momento propício pra dizer tudo o que sentia asfixiar-lhe o sono.
Deixou-se distanciar por um segundo, tentada pela liberdade que a fazia querer voar dali, tomada por toda a coragem que a impediu de pular daquela janela.
Colecionava inúmeros pontos de ironia, apenas pelo simples fato de gastar seus dias em verdades que nunca iria contar.
Tentava de tudo um pouco pra se fazer de carne e osso, mas sabia que nem o sentimento mais verdadeiro poderia torná-la perceptível.
As horas passavam e os corpos iam e vinham, trocavam-se os números, e a paisagem nunca parecia a mesma.
Tudo mudava, exceto o mais importante.
Sua expressão, que era a única capaz de fazê-la real.

Thursday 5 June 2008

Don't

Eu preciso de um tempo pra por a minha paciência em dia. Pra me interessar pela minha vida que sempre me atrasa. Pra criar coragem e fechar a torneira de sentimentos que transbordam a minha indecisão. Eu preciso de um tempo pra atualizar a minha coletânea de amores passados. Qualquer tempo. Pra aprender a dar um fim em certas coisas.