Sunday 27 April 2008

Where the hell are you?

Seria um tremendo descuido tropeçar novamente nas suas pegadas, seguir seus pensamentos pra qualquer lugar e escrever versos de amor no vidro sujo do seu opala azul marinho. Foi se o tempo em que eu te esperava na sala de estar ainda confusa pela escolha da roupa e sem saber como agir quando você tentasse me abraçar no meio do filme. Há muitos que meu coração não dispara quando eu te vejo. Há vários que eu não espero por uma mensagem sua às duas da manhã. E eu não consigo crer que eu sou a única pessoa que percebe o quanto nós somos imperceptíveis juntos. Tantas vezes você dançou comigo e me disse que seria sempre meu par, tantas vezes eu acreditei que seríamos coroados juntos, rei e rainha do baile. Foram apenas planos de festa de formatura, nada mais que isso. Nada mais que me fizesse querer fugir com você pra connecticut ou minnesota, nada mais que me fizesse ver suas raras qualidades de verão.
Não é nada muito pessoal, acredite. Mas temos que admitir que não estamos acostumados com toda essa agitação da cidade grande. Você não escuta quando eu chamo seu nome, e nem se importa mais se tem ou não ovos com bacon no café da manhã. Você não liga se não vamos ver os Lakers no fim de semana, e nem se eu fiquei horas no salão pra te assistir no seu discurso tão importante. Você não me espera pro chá da tarde. Você nem toma mais chá.