Sunday 6 April 2008

Your ashes come home to me

Faz um bom tempo que as palavras não vem me visitar. Chego a pensar que me ignoraram, apenas pelo fato de eu não as ter percebido durante esses dias. É que é tanta coisa pra se lembrar que eu acabo me esquecendo e tudo passa por mim como o vento num dia sem ele. Permaneço no sofá de couro branco, sentada, me deixando levar pelo folk que tanto me encanta. Alimento mais uma vez o Jukebox e permito que a voz da KT ecoe pela sala e escape pela janela entreaberta. E assim começa mais uma noite sem mim. Eu fico fora por poucos instantes, mas me parecem uma eternidade, tanto que até tive tempo de sonhar. Transcrevo com os olhos todos os tipos de cores e sensações. Minhas mãos não têm forças pra voltar à ativa, e eu continuo aqui nesse meio termo. Leio artigos de vestibular, repito alguns versos, faço qualquer coisa pra ter a vontade de voltar a escrever. Penso em uma frase clichê, um verso de amor bem brega, mas nada me vem à cabeça. Paro pra ouvir a canção e percebo que ela me oferece todo o tipo inspiração. E é uma pena, porque eu nunca fui de aceitar coisas de estranhos.

1 .:

Thiago said...

Eu gosto desse sentimento de tédio e melancolia e tal hehe

pow, a última frase foi muito boa "E é uma pena, porque eu nunca fui de aceitar coisas de estranhos."