Monday 31 March 2008

A grande São Paulo

Que vontade de voltar pra SP. Dormir sabendo que daqui a pouco vou ter que acordar. Tomar um banho e depois o café, que infelizmente só vai até às nove. E ficar na janela, olhando as pessoas no ponto, esperando aquele ônibus bacana que me parece mais uma sanfona. Finalmente colocar o pé pra fora, não pra constar que a cidade ainda está lá, mas pra descobrir novamente.
Como uma criança que acaba de ganhar um brinquedo novo. Obviamente não tenho o tempo necessário pra ver tudo, e mesmo que eu morasse aqui, acho que não daria a mesma atenção que Caetano. Certamente não daria. O tal do metrô também, que eu nem muito ouvi falar. Morreria sem saber que não tem condicionador de ar e que o carinha que fala no microfone não tem a mesma simpatia que a mulher lá do Rio. E todas aquelas estações, nem sei onde deveria descer. Onde tiver gente descendo eu desço atrás, e deixo a vida me levar. Pra algum centro cultural ou uma vinte e cinco de março qualquer. Se me soltarem ali por perto, garanto que nem sei voltar pro largo do Paissandu. E olha que é até bem fácil de se achar. Eu não acharia. É tudo tão simples e às vezes tão feio. Apenas uma cidade, bem mais velha do que quando eu tinha três anos, mas diferente, e com pessoas legais. A selva de pedra. Quem diria, logo eu que sou tão defensora da natureza. Nem senti tanta falta dela.

1 .:

Thiago said...

Mas às vezes é tudo tão simples e tão bonito. Aliás, nada complexo demais pode ser bonito. Fica artificial demais!