Friday 23 April 2010

Let's end this once and for all

Eu não sei o que supostamente deveria fazer. Ainda tem uma sensação estranha de que existe algum fragmento de tempo incompleto ou de que as coisas não acabaram da maneira mais apropriada.
E eu também ainda não entendi o que exatamente aconteceu. Vai ver que você passou essas três semanas inventando uma nova vida, isso eu até entendo. Mas eu tenho que te dizer, my dear, que a menos que você nunca tenha sentido nada, em três semanas não se deixa de amar alguém.
Talvez seja mais difícil pra mim dessa vez, porque eu ainda não consegui encontrar um motivo pra não querer sequer pensar no seu nome, mas por outro lado, a verdade é que eu nunca cheguei a te conhecer de forma alguma. Eu presumo que eu ainda vá me referir a você daqui a um ou dois anos, porque você há de convir que o que eu senti dá origem a inúmeros devaneios bem interessantes.
A questão é que eu realmente gostei de você apesar de toda a brincadeira que você nem sabe que foi feita no começo de tudo, mas é engraçado como eu ainda não defini a indiferença que eu sinto agora. Todo aquele amor deve ter sido empurrado pra dentro de alguma caixa em mim, e é estranha a maneira como eu sinto que você nunca existiu.
Talvez eu também nunca tenha sentido nada realmente, e isso até era de se esperar, afinal você é uma criança e eu tenho psicóloga a cada quinzena.
Infelizmente, eu levei meia semana pra te dizer o que eu acho de nós, mas o melhor de tudo é que a parte contável começa exatamente agora. E se eu tive quatro meses pra te ter na minha vida, eu tenho todo o resto dela pra ter mais do que certeza de que você nunca me pertenceu.
Acho que esse é o limite do qual eu te falei, pena que você nunca ouviu.