Wednesday 17 December 2008

23/01/08

Todas as noites quando fecho os olhos, minha cabeça é invadida por coisas. Úteis e inúteis. Passadas e futuras. Coisas com as quais eu não deveria me importar. Coisas que eu não deveria me permitir imaginar. Mas que insistem em freqüentar meus pensamentos mais impensáveis, apenas pra me lembrar que eu preciso começar a agir.
Eu já ouvi dizer que a mente humana tem um grande poder. Seria muito atrevimento desejar saber se tal poder permanece também em corações covardes? Talvez sim. É claro que não. Que livro eu publicaria se realmente escrevesse o que vejo?
'Estava no sofá, esforçando-se para rabiscar um texto qualquer no pequeno pedaço de guardanapo que encontrou na bancada. Segurava um cigarro. Aquele que tinha acabado de acender. Aquele que implorava pra ser apagado pela mesma mão que o levava até a boca. Ela deveria esquecer o processo, expulsar frases de amor ao invés de uma fumaça que embaça seu raciocínio. Como seria bom uma xícara de café preto, dizem que não há nada mais inspirador. Deve ser por isso que não entende as próprias frases. Ela não fuma. Ela não toma café. Ela apenas...pensa demais.'

1 .:

Anonymous said...

Adorei.! Muito bom mesmo. E é sempre assim, eu não gosto de escrever tragédias, apesar delas serem muito mais frequentes que meus "finais felizes"... Ainda bem que não fumo, mas também não gosto de café.

Beeeijos